Emerson Sheik toma conta do jogo, marca um golaço e lidera o Corinthians na goleada sobre o Once Caldas. O camisa 11 acaba com a desconfiança da torcida e prova que está em plena forma aos 36 anos.
Se o fantasma de Medina rondava a Arena Corinthians, ele foi exorcizado nesta quarta feira. Se havia um trauma chamado Tolima, não existe mais. E não foi preciso chamar "Os Caça-Fantasma" nem algum psicólogo. O dono da noite e herói alvinegro é Emerson Sheik.
Com todo o histórico negativo, muitos defendiam a ideia de que Sheik não deveria voltar ao Corinthians em 2015, hipótese prontamente rechaçada por Tite. O treinador bancou a presença do atacante no elenco e viu muitas pessoas torcerem o nariz.
Só que esquecemos que Tite conhece o atacante. Na mão dele, Emerson teve o melhor futebol da carreira e ganhou os principais títulos que alguém poderia ganhar. Com a mesma raça, velocidade, catimba e experiência que ele deu show na final da Libertadores 2012, ele repetiu ontem.
Aos 30 segundos de jogo, ele encobriu Cuadrado e explodiu a Arena. Com 26 minutos de jogo, Emerson e todos os corinthianos lamentaram a expulsão de Paolo Guerrero. Era o começo do sofrimento alvinegro, assombrado pelo o que aconteceu em 2011.
O Corinthians demorou alguns minutos para se achar em campo. Emerson foi testado na função de Guerrero e não deu certo. Tite optou então por Renato Augusto e finalmente achou a formação ideal.
Se até aquele momento o Corinthians tinha em Sheik o principal nome do jogo e atuando praticamente sozinho no campo ofensivo, eis que outros três jogadores deram as caras. Renato Augusto, Jadson e principalmente Elias, passaram a controlar as disputas no meio campo, engolindo o Once Caldas.
Com um jogador a menos, o time do Corinthians se viu obrigado a fazer um jogo de entrega, de superação. Contrariando a lógica, os meios campistas do Timão correram uma barbaridade. Elias, que foi questionado pela comissão técnica se ainda conseguiria manter o nível físico de 2009, deu uma grande resposta. Ele conseguiu fechar o lado direito da defesa, mesmo com Jadson e Fagner sofrendo por ali, principalmente no começo do segundo tempo.
O crescimento de Elias ficou evidente no terceiro gol, quando ele fez bela troca de passes com os companheiros e foi fuzilar Cuadrado.
Renato Augusto, que sempre tem o receio de uma nova lesão, se desdobrou e fez a função de dois. Centroavante com a bola, meia ajudando na recomposição sem a bola. Jogou demais o camisa 8, que ainda lembrou Sócrates, ao dar o passe de calcanhar para o quarto gol.
Em tempo ainda de ressaltar o futebol de Jadson. Ele começa 2015 tão bem quanto 2014, resta saber se vai conseguir manter o nível. Foi um pouco sacrificado ontem, por causa das obrigações defensivas. Cogitado a sair para a entrada de Bruno Henrique, cobrou o escanteio certeiro na cabeça de Felipe. Gol que deu tranquilidade ao Corinthians.
Não tenho medo em afirmar que o Corinthians está classificado para o grupo 2 da Libertadores. E se vencer o Palmeiras no domingo, não tenho receio algum em afirmar que se tornará franco favorito contra o São Paulo no dia 18.
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