segunda-feira, 9 de março de 2015

São Paulo inofensivo, Rogério Ceni infeliz e Corinthians cirúrgico: 8 anos de tabu no Morumbi!

Por Lucas Ribeiro, Alef Rios e Bruno Guerrero


O clássico valia bem mais para o São Paulo, que ainda luta para se afirmar na temporada. Mas o Corinthians sequer teve alguma preocupação. Fez valer sua organização e desempenho tático e venceu por 1 a 0, gol de Danilo, no Morumbi. Clássico que o São Paulo não vence há 8 anos, dentro da sua própria casa, são 13 jogos de tabu.

Com melhor postura em relação à derrota para o rival na Libertadores, o Tricolor lutou, mas não conseguiu furar a defesa alvinegra nem mesmo quando teve um jogador a mais - Gil foi expulso, no lance do pênalti polêmico.

A partida teve polêmica, boas defesas, discussão, e muitos impedimentos, principalmente do Tricolor Paulista. Assim como no Majestoso válido pela Libertadores, o Corinthians abriu o placar aos 11 minutos do primeiro tempo.

Após cobrança de lateral, Paolo Guerrero nem ligou para a marcação de Edson Silva e deu belo passe para Danilo bater de perna direita e marcar o sexto gol pelo Timão contra o São Paulo. Danilo aclamado pela Fiel como carrasco do São Paulo.

O São Paulo demorou a responder. O Tricolor criou uma oportunidade de empatar com Michel Bastos, que recebeu de Ganso na esquerda e cruzou. Centurión, bem posicionado na pequena área, concluiu e viu Cássio fazer belíssima defesa.

Aos sete minutos do segundo tempo Michel Bastos bateu de fora da área e viu a bola explodir no braço de Gil. O árbitro deu pênalti e ainda expulsou o zagueiro, que já tinha cartão amarelo. Uma decisão que além de mudar a cara do clássico, pendurou na orelha do juiz por alguns minutos, pois na visão dos atletas do Corinthians, Gil estava fora da área.
Rogério Ceni partiu para a cobrança aos dez minutos. Só que não conseguiu empatar a partida para o São Paulo. O goleiro bateu forte, no meio, mas Cássio fez o desvio com a perna e a bola ainda bateu no travessão.

É impressionante a falta de sorte do São Paulo diante da equipe corintiana. Um pífio público de 18.720  torcedores presentes  no estádio, que entre cantos de apoio , gritavam pedindo “ RAÇA” para a equipe, e cá entre nós isso não faltou. Pelo Tricolor, ficou claro que  Centurión vai ajudar e muito no restante da temporada, foi um dos únicos que realmente estavam procurando o jogo o tempo inteiro. O ataque não pode ser dependente  de um centroavante que pouco se movimenta, futebol atualmente exige movimentação.

Falta ao São Paulo colhão para vencer o Corinthians. Sim, de fato não houve falta de vontade, ou raça para dividir todas as bolas, faltou futebol. Faltou ter mais três Centurións da vida, que pega a bola, parte para cima do adversário e cria alguma coisa. Faltou ter um cara que bate no peito e chama o jogo para si. 

Onde estava Paulo Henrique Ganso? Será que ele deveria sair de camburão do Morumbi, pelo descaso com que ele atuou? Será que podemos considerar que ele “roubou” o torcedor são paulino, que pagou para ver ele jogar e ele nada fez? Será que o medo do Tricolor perante o Corinthians é reflexo de Muricy Ramalho e Rogério Ceni? Porque o primeiro não parece ter condições de saúde para chacoalhar e o segundo que vem acumulando algumas falhas contra o Corinthians. Embora tenha no currículo o marco de ter feito o centésimo gol da carreira contra o Timão, Ceni não tem boas recordações contra o Alvinegro nos últimos anos. São 94 gols sofridos contra o arquirrival, será que essa conta chega aos 100?

O Corinthians de Tite não jogou um grande futebol, mas foi competente. Mesmo com um jogador a menos, soube neutralizar o São Paulo, fazendo com que Cássio pouco fizesse após a defesa do pênalti. Danilo é daqueles casos que o futebol não consegue explicar. Não sou um grande entusiasta de seu futebol. Acho ele lento, sem grandes recursos técnicos, embora esteja longe de ser um jogador ruim. Só não acho que o futebol dele está a altura da sua estrela. Jogo decisivo é com ele e o cara é matador, é decisivo, é tudo aquilo que falta no elenco do São Paulo. Danilo é o cara, eu gostando ou não.

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