Palmeiras vence São Paulo e encerra
jejum de mais de um ano sem vencer clássicos – por Leandro Olovics
Significado de ‘Clássico’: 1. Obra artística que pode servir de modelo, cujo valor é universalmente reconhecido geralmente ligado às primeiras manifestações de tais obras.
Agora me digam vocês meus amigos paulistanos:
Choque-Rei é ou não é uma obra de arte? Tem história, tem tradição e tem magia. O de ontem foi um jogaço de bola, e havia pressão por ambos os lados. Por parte do
Palmeiras, que estava há mais de 365 dias sem vencer um clássico, e com uma
torcida apaixonada, mas que ainda mantém um pé atrás por conta de
acontecimentos recentes.
Do lado tricolor da capital, a pressão era para
que um bom futebol fosse apresentado, e é claro, pelo resultado positivo. O São
Paulo não tem feito bons clássicos, e ganhar do Palmeiras fora de casa daria ânimo
para a Libertadores, já que ainda corre risco de cair na fase de grupos da
competição sul-americana.
E não adianta dizer que “não se importa com o
Paulistão”, ou que “clássico no Paulista não vale nada”. Clássico é clássico,
não importa se é decisão de Libertadores ou de Taça Maria Quitéria. Tudo estava
em jogo ontem, e deu Palmeiras.
Logo aos dois minutos de jogo, Ceni quebrou mal a
bola, que caiu nos pés de Robinho. O meia arriscou um petardo de longe e
acertou bem, para delírio da torcida palmeirense. Três minutos depois, após uma
falta do zagueiro Rafael Tolói, uma cotovelada de Dudu, e outro revide do
são-paulino, o árbitro expulsou o primeiro, causando outra explosão da torcida.
Aos 27 minutos, após passe de Dudu e furada de Robinho, o talismã do tio
Oswaldo, Rafael Marques, ajeitou a redonda e afundou a rede de Rogério.
No segundo tempo, aos 6 minutos, após grande passe
de Arouca e cruzamento certeiro de Zé Roberto, Rafael Marques chutou a bola
ainda no ar e marcou o gol que daria números finais a partida. O Palmeiras
seguiu atacando (mal) um São Paulo que jogava muito (mal), e não se encontrava
em campo. O alviverde ainda perde muitas chances, e encontra problemas na
finalização. O placar poderia ter sido mais amplo. Ainda deu tempo de Michel Bastos entrar forte em Arouca no fim do jogo, deixando o São Paulo com dois a menos antes do apito final.
Quanto ao Soberano, cabe se organizar, falar
menos e treinar mais. Não é o primeiro clássico nesse ano de 2015 que o
Tricolor não se encontra dentro das quatro linhas. Possui jogadores de
qualidade, e um dos melhores treinadores do Brasil, e não pode seguir em crise
assim.
Já do outro lado do muro na Barra Funda, a Porcada
é só sorrisos. O tabu já foi e a freguesia já era! Mas é importante manter a
cabeça no chão, e os pés calibrados, acima de tudo.
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