domingo, 25 de novembro de 2012

Corinthians x Santos - Um duelo de técnicos de seleção.


Ontem o FCS esteve no Pacaembu, para acompanhar o desinteressante clássico entre Corinthians e Santos. Um belo publico presente, foram mais de 37 mil pessoas (36 mil corintianos e pouco mais de mil santistas).
O clima oriental estava presente no Pacaembu. As apresentações de dança, as bandeiras na arquibancada, os nome do uniforme corintiano em japonês, denunciavam a expectativa alvinegra com a competição no Japão. O jogo também teve homenagens, os campeões mundiais de 2000, deram uma volta olímpica, exibindo o troféu da conquista. Edilson, Ricardinho, Fernando Baiano, Edu, eram alguns dos jogadores presentes. Mas o destaque era ele, o eterno pé-de-anjo da Fiel: Marcelinho Carioca.
Deixando a festa de lado, Corinthians e Santos queriam a vitória, ambos tem os melhores técnicos da atualidade.  Os desfalques eram sentidos, o Santos tinha um time inteiro no DM. O Corinthians tinha seis desfalques, todos eles titulares.  E nessa disputa dos técnicos cotados para a seleção brasileira, Muricy Ramalho foi mais competente do que Tite.
Isso ficou claro na escalação das equipes, e na proposta tática dos dois times. Tite improvisou dois jogadores, Guilherme Andrade e Anderson Polga, lateral esquerdo e volante, respectivamente.
Muricy não tinha Neymar, então montou um time conservador, explorando a velocidade dos moleques, para surpreender o lento sistema defensivo corintiano.
Uma bela sacada do técnico santista. Com Alessandro, Wallace, Paulo Andre, Guilherme Andrade e Anderson Polga; Faltava velocidade, faltava também entrosamento. Polga como volante não funcionou. Errou passes fáceis, falhou no posicionamento, e perdeu sempre na velocidade. Lance que ilustra bem essa situação, foi o gol santista.
Já o Santos de Muricy, sabendo dessa deficiência, abusou das jogadas laterais. Patito e Victor Andrade eram acionados a todo momento. Contavam com uma boa partida realizada por Felipe Anderson, e uma MAGISTRAL partida de Arouca. O volante santista estava por toda parte do campo. Ora marcando, ora apoiando o ataque, o volante santista fez uma partida impecável. O melhor em campo, sem sombras de duvida. Outro jogador que fez boa partida foi Victor Andrade. O jovem que foi alvo de criticas durante toda a semana, mostrou que tem bom futebol e um futuro promissor. Só resta a ele a humildade cobrada por Muricy, e experiência. Mas o Santos tem um grande jogador em suas mãos.
O Corinthians sofreu com uma partida ruim de seu sistema ofensivo. Mesmo assim, criou mais oportunidades do que a equipe santista. Com uma marcação ofensiva no inicio da partida, Guerrero e Romarinho perderam grandes chances.  Sheik, um dos piores em campo, perdeu chance incrível no inicio da segunda etapa.
Com este panorama das duas equipes, o empate foi o resultado mais justo. O Corinthians teve mais posse de bola, controlou a maior parte do jogo, criou mais oportunidades, principalmente na primeira etapa. Fez um gol na bola parada, já que havia dificuldades de finalizar pelo chão.
Já o Santos fez uma partida taticamente muito boa. Teve uma postura cautelosa, teve dificuldades em certos momentos na saída de bola, porem contou com uma boa partida de seu meio campo, dominando a partida em certos momentos. Teve uma defesa segura, e um rendimento razoável de seu ataque.
Como de costume, a Fiel torcida deu um belo espetáculo. Lotou o Estádio do Pacaembu, empurrou o time para o empate. Porém, aconteceu uma coisa no Pacaembu que eu não presenciava há muito tempo. Por alguns segundos, a torcida vaiou o time, enquanto trocava passes no campo defensivo, perdendo o jogo por 1x0.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

São Paulo x Nautico - Bem Vindo, Ganso! Adeus Lucas...

Bem amigos leitores do FCS, aproveitamos este feriado (folga da faculdade) para prestigiar um momento importante do futebol brasileiro. No maior publico do campeonato, o SPFC estreava Paulo Henrique Ganso, ou Maestro, como preferem os tricolores. Contrapartida, o jogo era o ultimo de Lucas no Morumbi (O São Paulo tenta jogar o segundo jogo das semifinais da Sul-Americana no estádio, mas a CONMEBOL marcou o jogo para o Pacaembu).
A chegada no Morumbi foi feita de forma tranquila, por volta das 15:30, o FCS já adentrava no estadio do Morumbi sem maiores complicações.
A festa feita pelos mais de 60 mil pessoas era contagiante, mas como eu já havia dito em outro post, volto a mencionar, a ligação que a torcida são paulina tem com os seus ídolos  supera até mesmo o amor pelo clube. Isso ficava evidente quando os gritos por Luis Fabiano eram mais fortes até do que o canto do hino do clube.
O jogador é elevado a outro nível quando atinge esse status no tricolor paulista. O próximo exemplo será PHG, não tenho duvida nenhuma de que ele voltará a jogar um futebol de alto nível  e será um Deus para a torcida.
Falando da partida, o São Paulo foi amplamente superior, dominou os 90 minutos. Sofreu com a retranca armada pela equipe pernambucana na primeira etapa. Jadson, Osvaldo e Fabuloso mal pegaram na bola. Cortez estava tímido no apoio, Denílson e Wellington se limitavam a marcar. O São Paulo ficou dependente das jogadas individuais de Lucas, que esbarrava na boa marcação do time do Náutico  O Náutico que era nulo ofensivamente, principalmente pelo fato de Kieza atuar como um meia esquerda, voltando para ajudar o sistema defensivo, ficando sem uma referencia para os contra golpes. A equipe abusou dos lançamentos para a velocidade de Rogério  Mesmo jogando mais recuado, Kieza infernizou a vida de Rafael Toloi. O baile foi tão grande, que Toloi nem voltou para a segunda etapa, deu lugar a Edson Silva.
A segunda etapa começou com o gol do Nautico, aos 3 minutos, Souza acertou uma bela cobrança de falta, contou com a colaboração de Ceni e abriu o placar no Morumbi. A torcida ficou atônita  parecia não acreditar que o Nautico poderia estragar a tarde perfeita, aguardada pelos são paulinos.
Mas Felipe, goleiro do Nautico queria participar da festa, aos 9 minutos, saiu jogando errado, lance perfeito para ser lembrado na festa, só não contava que ao mesmo tempo, Ganso pulava as placas de publicidade e se dirigia ao banco de reservas, por alguns segundos ,o jogo ficou em segundo plano, por alguns segundos, 62 mil pessoas se concentraram em uma figura fora de campo. Osvaldo aproveitou a falha de Felipe, invadiu a area e bateu cruzado, a bola pegou na zaga e voltou para ele, cruzar na medida para Luis Fabiano, empatar a partida e ferver o Morumbi.
A entrada de Ganso mudou a atitude do São Paulo. Cortez, Wellington, Denílson  Osvaldo, Paulo Miranda se soltaram e passaram a atuar mais no campo ofensivo. Ganso não dava mais do que dois toques na bola, na primeira jogada ofensiva rolou para Osvaldo bater de fora e Felipe fazer a defesa. A tecnica de Ganso, aliada a velocidade de Lucas, faziam com que o São Paulo fosse completo no plano ofensivo. E em uma jogada que começou com Ganso, teve Lucas como protagonista, e terminou no pênalti sofrido por Fabuloso, convertido por Ceni.
A tarde estava perfeita no Morumbi. A torcida comemorava um novo craque, os ídolos haviam marcado, o time ganhava o jogo e dava show. A parte triste era a despedida de Lucas, cada vez mais perto do PSG. O menino destruía  com chapéu, dribles e velocidade, fazendo os torcedores se perguntar se realmente valia a pena trocar aquilo por 100 milhões de reais.
Foi assim a tarde no Morumbi, sem nenhuma alusão ao Palmeiras, com um time ofensivo e um estadio lotado, como deve ser o futebol, que está morrendo no seu próprio país.
O lado triste fica pelo transporte para voltar, levar 2 horas para chegar em casa, morando proximo ao Morumbi, é realmente revoltante.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Brasil x Colombia - 1000 jogos do maior time de futebol de todos os tempos

No  milésimo jogo da seleção canarinho, Brasil joga bem,  mas vê Neymar jogar para o alto a chance da vitória.


Nesta quarta feira a Seleção Brasileira  completou o milésimo jogo de sua história. Enfrentou a Colombia, de Falcão Garcia, nos EUA. O jogo terminou em 1x1, com gols de Neymar e Cuadrado.
O jogo era aguardado com grande expectativa, a Colombia vinha de duas goleadas, contra Uruguai e Chile. Ainda contava com um dos melhores atacantes do mundo no momento, Falcão Garcia, do Atletico de Madrid. 
Ja a Seleção Brasileira vinha de uma serie de resultados positivos. Vinha melhorando o qualidade do futebol apresentado, contava com diversas estrelas como Kaka, Oscar, Neymar, Thiago Silva entre outros. Esses ingredientes por si só já eram motivos de sobra para um grande jogo. Mas o clima proporcionado pelo milésimo jogo, fez com que a partida tivesse um carater mais serio do que um simples amistoso.
Brasil e Colombia fizeram um jogo bem movimentado, intenso, disputado, mas não desleal. Nota positiva neste aspecto para o arbitro Mark Geiger.
O primeiro tempo foi marcado pelo equilibrio. Duas coisas que chamaram bastante atenção: a marcação ofensiva da seleção colombiana  e a criação do ataque brasileiro. Se por um lado a Colombia marcava o Brasil no campo ofensivo, forçando a Seleção Brasileira ao erro, o Brasil conseguia criar grandes chances ao passar por esta barreira ofensiva colombiana. Na intermediaria sobrava espaço para Neymar, Kaka, Oscar e Thiago Neves se entenderem por ali. A primeira chance veio aos 18 minutos com Kaka, o meia recebeu livre na cara de Ospina, bateu meia altura, em diagonal, mas errou o alvo por pouco. Aos 23, Neymar teve uma chance clara. Cruzamento na area, ele subiu sem marcação nenhuma, e cabeceou para uma grande defesa de Ospina. 
A defesa se comportava bem, o ataque queria jogo, o Brasil era ,ligeiramente melhor que a Colombia, que tinha em seus dois laterais, a maior força ofensiva. Aos 31 minutos, Kaka recebeu na intermediaria, deu um toque por cima de Ospina, mas a bola bateu caprichosamente no travessão. O lance empolgou a seleção, que começou a empurrar a Colombia para o seu campo defensivo.
Com isto a Colombia passou a armar o contra golpe, e o melhor deles veio aos 43. Cuadrado foi lançado nas costas de Castan, ficou frente a frente com Diego Alves, bateu cruzado e correu para o abraço. Colombia 1x0.
No segundo tempo,a seleção voltou querendo igualar o placar. Pressionou desde o começo, empurrava a Colombia para o campo de defesa, mas cometia erros bobos na saida de bola, sempre oferecendo chances perigosas para os colombianos. O jogo continuou movimentado, o Brasil apertava e a defesa colombiana ja demonstrava sinais de cansaço. Erros bobos dos defensores eram cometidos, o Brasil tinha dominio total da partida. Aos 18, Neymar recebeu um passe de letra de Kaka, passou pelo marcador, bateu colocado, marcou um golaço e empatou a partida.
O gol deu animos a seleção. Ospina praticava grandes defesas, chegando até a torcer o tornozelo em uma delas. Aos 33, em tabelinha de Daniel Alves e Paulinho, o  lateral brasileiro foi derrubado e o arbitro marcou penalti polemico. Armeiro claramente acerta a bola, mas em seguida atinge o lateral brasileiro. O lance revoltou os colombianos que muito protestaram.
A cobrança foi o lance da noite. Neymar, inspirado por seus companheiros de Copa America, fez jus aquela disputa de penaltis, isolou a cobrança por cima da meta de Ospina,
Esse foi o ultimo lance importante na partida, que terminou 1x1, bom para todo mundo. Na proxima quarta, o Brasil visita a temida LaBombonera, onde enfrenta a Argentina, pelo SuperClassico das Americas.