sexta-feira, 27 de março de 2015

De virada, Brasil vence a França em Paris e continua 100% na Era Dunga

Por Eduardo Suguiyama

Quem nunca usou a expressão de ‘virada é mais gostoso’? É assim que Dunga e seus comandados se sentiram após o jogo e a uma boa atuação no segundo tempo diante da sempre carrasca França. Depois de 22 anos a seleção brasileira venceu os franceses em Paris, de 1992 para cá foram quatro jogos na capital francesa, com duas derrotas e dois empates e com direito a perda de uma Copa do Mundo, com show de Zinedine Zidane.

Ontem parecia que o jogo ia seguir os mesmos passos de 1998, a França começou dominando o jogo e abriu o placar com o zagueiro do Real Madrid, Varane, ao melhor estilo Zidane, o defensor subiu mais alto que a zaga brasileira na cobrança de escanteio e cabeceou firme para o fundo das redes.


O Brasil não fez um bom primeiro tempo, mas aproveitou a única falha da seleção da França. Firmino da entrada da área rolou para Oscar, que tocou de bico na saída de Mandanda, fazendo o primeiro gol brasileiro na história do Stade de France e assim terminava o primeiro tempo, empatado. Placar igual, mas qualidade de futebol bem diferente, os Les Bleus eram superiores com maior posse de bola e jogadas envolventes. 



Foto: Reprodução UOL Esportes

Bem amigos, não foi uma final de Copa, nem um jogo de Campeonato, mas podemos dizer aos franceses que depois de duas décadas vencemos em Paris e de virada.  E de ‘virada é sempre mais gostoso’.
Ao menos Dunga nos dá uma esperança, já que o time dele rende, mesmo com volantes ruins. Resta saber como esse time vai se comportar na Copa América e nas temidas Eliminatórias para a Rússia-18.


No segundo tempo, o Brasil apertou a marcação, o que dificultou o toque e a posse de bola dos franceses. Com a melhora no setor defensivo, o time mais compacto, o jogo ficou equilibrado e com o equilíbrio a qualidade técnica de William e Neymar começou a aparecer no jogo. O jogador do Chelsea passou a ser o dono do meio-campo, com boas arrancadas e tabelas, foi assim saiu o segundo gol do Brasil. William puxou contra-ataque e achou Neymar livre na ponta esquerda, o atacante não tinha muito ângulo, mas arriscou o chute e fuzilou o goleiro Mandanda. A seleção ficava à frente do placar pela primeira vez em 22 anos na capital francesa.


Com o placar adverso os mandantes se arriscaram a sair com tudo para cima do Brasil. Benzema perdeu grande chance na pequena área e Griezmann obrigou Jefferson a praticar uma extraordinária defesa.


O Brasil seguia firme na defesa, e conseguiu definir o jogo na mesma moeda usada pelos franceses em 1998, a bola parada. William cobrou escanteio e Luiz Gustavo subiu com estilo para fechar o placar e a primeira vitória da seleção brasileira em território francês. 



O jogo evidenciou que o Brasil se mantém no pelotão de cima do futebol mundial, embora não seja mais protagonista. Mesmo as derrotas perante Alemanha e Holanda parecem soar mais coisas extraordinárias do que uma grande diferença de qualidade. Mas o que peca na Seleção hoje é a dupla de volantes. A falta de qualidade técnica dos nossos volantes para as demais seleções são gigantescas.


No futebol atual não se pode ter volantes com tamanha diferença técnica dos demais, isso atrapalha todo o rendimento da equipe. Foi por isso que perdemos a Copa e ninguém notou.


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