quinta-feira, 26 de março de 2015

Freguesia is over!

Palmeiras vence São Paulo e encerra jejum de mais de um ano sem vencer clássicos – por Leandro Olovics


Significado de ‘Clássico’: 1. Obra artística que pode servir de modelo, cujo valor é universalmente reconhecido geralmente ligado às primeiras manifestações de tais obras.

Agora me digam vocês meus amigos paulistanos: Choque-Rei é ou não é uma obra de arte? Tem história, tem tradição e tem magia. O de ontem foi um jogaço de bola, e havia pressão por ambos os lados. Por parte do Palmeiras, que estava há mais de 365 dias sem vencer um clássico, e com uma torcida apaixonada, mas que ainda mantém um pé atrás por conta de acontecimentos recentes.



Do lado tricolor da capital, a pressão era para que um bom futebol fosse apresentado, e é claro, pelo resultado positivo. O São Paulo não tem feito bons clássicos, e ganhar do Palmeiras fora de casa daria ânimo para a Libertadores, já que ainda corre risco de cair na fase de grupos da competição sul-americana.

E não adianta dizer que “não se importa com o Paulistão”, ou que “clássico no Paulista não vale nada”. Clássico é clássico, não importa se é decisão de Libertadores ou de Taça Maria Quitéria. Tudo estava em jogo ontem, e deu Palmeiras.

Logo aos dois minutos de jogo, Ceni quebrou mal a bola, que caiu nos pés de Robinho. O meia arriscou um petardo de longe e acertou bem, para delírio da torcida palmeirense. Três minutos depois, após uma falta do zagueiro Rafael Tolói, uma cotovelada de Dudu, e outro revide do são-paulino, o árbitro expulsou o primeiro, causando outra explosão da torcida. Aos 27 minutos, após passe de Dudu e furada de Robinho, o talismã do tio Oswaldo, Rafael Marques, ajeitou a redonda e afundou a rede de Rogério.



No segundo tempo, aos 6 minutos, após grande passe de Arouca e cruzamento certeiro de Zé Roberto, Rafael Marques chutou a bola ainda no ar e marcou o gol que daria números finais a partida. O Palmeiras seguiu atacando (mal) um São Paulo que jogava muito (mal), e não se encontrava em campo. O alviverde ainda perde muitas chances, e encontra problemas na finalização. O placar poderia ter sido mais amplo. Ainda deu tempo de Michel Bastos entrar forte em Arouca no fim do jogo, deixando o São Paulo com dois a menos antes do apito final. 

Quanto ao Soberano, cabe se organizar, falar menos e treinar mais. Não é o primeiro clássico nesse ano de 2015 que o Tricolor não se encontra dentro das quatro linhas. Possui jogadores de qualidade, e um dos melhores treinadores do Brasil, e não pode seguir em crise assim.

Já do outro lado do muro na Barra Funda, a Porcada é só sorrisos. O tabu já foi e a freguesia já era! Mas é importante manter a cabeça no chão, e os pés calibrados, acima de tudo. 

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